sábado, 23 de outubro de 2010

Dicas

Cuidados com a Saúde

Viajar para o Pantanal e regiões próximas exige alguns cuidados especiais, principalmente para eliminar riscos de contrair doenças como malária, diarréia infecciosa, cólera, dengue ou febre amarela. Além de se expor a vários tipos de bactérias, parasitas ou vírus, uma pessoa em viagem costuma ficar mais suscetível, graças a fatores como mudanças alimentares e estresse.
Para minimizar esses fatores, procuramos dar aqui algumas sugestões práticas e alertas. Além disso, em quase todas as cidades, estamos relacionando o principal hospital, caso haja necessidade de um atendimento rápido. As duas capitais, Campo Grande e Cuiabá, contam com o mlehor estrututa e, para casos mais complicados, são as melhores opções.

Precauções

Diversas precauções devem ser tomadas antes mesmo do início da viagem. As vacinas, por exemplo, só produzem efeito quando são aplicadas com certa antecedência (em alguns casos necessita-se de mais de uma dose). O mesmo ocorre com medicamentos profiláticos que, para se observar quaisquer efeitos colaterais, devem também ser iniciados bem antes da viagem.
Se você tiver um plano de saúde, certifique com antecedência quanto à cobertura ou se há outros hospitais credenciados na região. O seguro-saúde também costuma ser útil para doenças e transtornos similares.

Insetos

A melhor época para ir ao Pantanal é entre maio e setembro, quando a incidência de insetos é bem menor. Mas, o principal problema com insetos e mosquitos decorre do fato de estes serem transmissores de doenças como malária, dengue e febre amarela. No caso da febre amarela, é altamente recomendável tomar a vacina com antecedência de 10 dias.
Em São Paulo e, no Rio de Janeiro, basta ir aos aeroportos e procurar o Centro de Imunização, órgão do Ministério da Saúde. A febre amarela é transmitida pelos mosquitos Haemagogus ou pelo Aedes aegypti, os sintomas mais comuns são febre, mal-estar, sangramentos e icterícia (pele amarelada).
Outra doença que ameaça visitantes na região é a dengue.
Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, seus sintomas são febre, dor nas articulações e nos músculos. Já a malária é transmitida por outro tipo de mosquito - o Anopheles - e os sintomas são febre alta, calafrios intensos, diarréia e mal-estar. Nesses dois casos, não é necessário tomar vacina, mas deve-se ficar sempre atento, principalmente se surgirem sintomas parecidos com estes acima citados.
Além da vacina, algumas medidas podem diminuir os riscos; por exemplo, se o local onde irá se hospedar não tiver ar-condicionado, prefira quartos com janelas teladas e não dispense o mosquiteiro, se possível, impregnado com, permetrina (substância que se mantém efetiva por vários meses), além de inseticida aerossol ou repelente elétrico. Quando estiver ao ar livre, procure usar na pele repelente à base de DEET com concentração máxima de 30% para adultos e 10% para crianças. Mas evite exposição ao sol. Repelentes à base de permetrina ou deltametrina devem ser usados nas roupas.
Use ainda calças e camisas de manga comprida reduzindo a área do corpo que fica exposta.
Se for acampar, acenda uma fogueira, pois a fumaça espanta insetos.

Água

Outra forma muito comum de contágio é por meio da ingestão de água ou produtos contaminados. Para minimizar os riscos de contrair a indesejável diarréia infecciosa, cólera ou hepatite, procure lavar as mãos com água e sabão antes do preparo de alimentos e refeições. Prefira ainda bebidas engarrafadas ou enlatadas industrialmente, como refrigerantes, cervejas e vinhos, mas nunca beba diretamente de latas ou garrafas, sem lavá-las adequadamente. Opte pelos práticos canudinhos ou mesmo por copos descartáveis.
Se não tiver água mineral gasosa engarrafada, que é mais segura, opte por água fervida ou clorada. Existem comprimidos contendo coloro ou mesmo hipoclorito de sódio, ou ainda soluções de iodo a 2% que purificam a água. Os cafés ou chás, preparados com água fervida, não apresentam riscos, mas evite o leite não-pasteurizado.

Alimentos

Quantos aos alimentos, é preferível comer peixes, que são próprios da região e melhor preparados do que carnes em geral.
Tome cuidado, sobretudo, com os sucos, molhos e com aqueles alimentos à base de ovos, como maionese, musse e sorvetes caseiros. Se puder, opte por alimentos cozidos ou fervidos preparados na hora, evitando frutas e legumes que sejam descascados ou desinfetados. Os legumes, por sua vez, são facilmente contamináveis e difíceis de serem adequadamente esterelizados.

Doenças

Para quem gosta de se aventurar em regiões alagadas como as do Pantanal, além de todos esses cuidados com água e alimentos, precavenha-se contra doenças transmitidas no contato direto com a água. Para evitar verminoses do tipo esquitossomose e leptospirose, entre outras, durante os passeios e cavalgadas, principalmente em locais encharcados, não esqueça de botas impermeáveis, de cano longo.
Esse tipo de calçado, além de evitar contato direto com a água, diminui as chances de ser mordido ou picado por qualquer tipo de animal peçonhento.
Se estiver tomando medicamentos especiais, mantenha-os consigo e, por precaução, tenha sempre uma receita bem guardada, onde não precisa constar o nome do remédio, mas sim os dados genéricos, principalmente componentes. Procure ainda portar medicamentos básicos, como antitérmicos e antiinflamatórios.

Animais

Evite também banhar-se em locais que não forem indicados por guias ou moradores da região.
Alguns rios rasos podem ter animais como arraias, que possuem ferrões venenosos.
Alguns hotéis de pesca estão instalados sobre palafitas, por isso, antes de se hospedar, verifique se este contra com boa infra-estrutura, principalmente água potável e sistema de esgoto.
Outro risco que se deve evitar é manter contato com animais com os quais não se tem qualquer familiaridade. Isto se aplica bem ao Pantanal, com sua peculiar fauna e flora, que, apesar da beleza, podem causar danos às pessoas mais sensíveis ou alérgicas. Até uma aparentemente inofensiva borboleta ou mesmo alguns sapos podem possuir toxinas que causam envenenamento graves, chegando até mesmo à morte.
Há casos de guias inconseqüentes que, apenas para impressionar turistas, gostam de pegar animais, incluindo répteis como as lentas sucuris, que não são venenosas.
Atitudes como esta podem causar prejuízos tanto aos animais quanto aos turistas desaviados.
Se ocorrer qualquer acidente com animais peçonhentos, como aranhas, escorpiões e cobras, fique calmo e não tente tirar a peçonha, não faça torniquetes e procure imediatamente auxílio médico para receber os primeiros socorros. Se for pescar, tome cuidado também com os peixes.
Muitos tipos de bagres possuem ferrões que representam perigo - Pescadores experientes sabem como é dolorida uma ferroada desses peixes, causando febre e outras complicações.
Da mesma forma, outra atividade comm e divertida como é o caso da pesca da piranha também pode representar risco, pois seus dentes são incrivelmente cortantes. Se tiver um piloteiro no barco, peça a ele que tire o peixe do anzol.
Mais informações podem ser obtidas no Centro de Infromações em Saúde para Viajantes (Cives), um serviço público criado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em São Paulo, O Núcleo de Medicina do Viajante, órgão ligado ao Instituto de Infectologia Emílio Ribas, também fornece informações sobre doenças que costumam ameaçar turistas.

Para estrangeiros

Chapada dos Guimarães, Bonito e Pantanal merecem toda a fama e projeção internacional, contudo, para que o turista possa conhecer estas belas e diferentes paisagens, é necessário planejar bem a viagem e obter o maior número possível de informações sobre a região. Por isso leia antes o Guia e procure se familiarizar com os nomes das cidades, fazendas, peixes, animais, atrações, rios e plantas.
No caso de pacotes que incluam também passeios e hospedagem, procure ter sempre um contrato ou prova escrita do que foi acordado. Verifique com atenção o que será incluído e sempre desconfie das "pechinchas imperdíveis".
Não há free shoppings nos aeroportos de Cuiabá e Campo Grande, mas, se passar por Rio e São Paulo, considere a isenção de US$ 500 de taxas e impostos.

Dinheiro

A maioria dos hotéis indicados aqui aceita cartões de crédito, mas pouquíssimos trabalham com cheques de viagem. Para fazer a troca de moedas, prefira as agências bancárias - instituições locais, como o Banco do Brasil, têm agências em todas as localidades mas apenas aquelas instaladas nas grandes cidades costumam oferecer serviço de câmbio. Alguns hotéis de porte oferecem esse serviço, mas costumam cobrar porcentagens mais altas do que os bancos.

Estradas

As condições das estradas, incluindo a sinalização, podem ser consideradas boas para padrões brasileiros, se não estiver viajando sozinho, a locação de automóvel pode ser uma boa opção. Mas, não chegue ao aeroporto e alugue um carro na primeira operadora que entrar.
Instale-se calmamente no hotel, ligue para algumas locadoras e faça uma cotação de preços. Evite viajar sem guias em estradas mais arriscadas como a Estrada Parque e a Transpantaneira. O combustível tanto pode ser a gasolina como o álcool, ambos são falcimente encontráveis nos postos.

Tarifas

A maiori dos hotéis cobra taxas extras sobre as diárias e serviços. Esta porcentagem é, em média, de 10% sobre o valor total da conta, mas alguns hotéis cobram um pouco mais e outros não cobram nada. O valor das diárias varia também de acordo com a época do ano, com diferenciação ára alta e baixa.
No caso de se sentir lesado ou prejudicado com o serviço oferecido por operadoras, companhias aéreas, hotéis e guias turísticos, saiba que há vários ógãos oficiais com poder de fiscalização. A Embratur (órgão oficial responsável pelo turismo no país) tem escritórios em Campo Grande e Cuiabá. Se houver qualquer problema relativo a serviços, a entidade recebe queixas e tenta resolver a questão, ouvindo as partes envolvidas.
Outra entidade, a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), também com escritório em Campo Grande, recebe reclamações e, se a agência for uma de suas filiadas, terá condições de tentar um acordo entra as partes.

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